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Filho de Júlia Pinheiro reconhece que não é fácil ser gay

Foi através das redes sociais que o comunicador não quis deixar passar em branco um dia tão marcante como o da luta contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia, que se assinalou esta quinta-feira, dia 17.

A pedido da secção portuguesa das Nações Unidas, publicou um vídeo no seu Instagram, onde lamenta que ainda seja necessário haver um dia destes, tudo porque a Homossexualidade só foi descriminalizada em Portugal a partir de 1982.

No texto que acompanhou o vídeo, o artista refere que todos são feitos do mesmo e que todos querem o mesmo “Amar em segurança”, apela ainda que sejam atribuídos “os mesmos direitos” e que os gays não sintam “medo de andar na rua só por sermos diferentes da maioria”, acrescentando que ainda há muito a fazer para que a mentalidade seja alterada.

Rui Maria Pêgo lamenta que ainda existam países onde a homossexualidade é considerada crime e que seja até punível com pena de morte, como é o caso do Sudão, Somália ou Nigéria.

Hoje é o Dia Internacional da Luta Contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia. A secção portuguesa das @unitednations pediu-me para deixar uma mensagem no Facebook e Twitter da #onuportugal e volto sempre ao mesmo: “I Am You”. Somos todos feitos do mesmo. Queremos todos o mesmo. Amar em segurança. Ser visíveis. Ter os mesmos direitos e não ter medo de andar na rua só por sermos diferentes da maioria – a que se revela, claro. Ainda há muito a fazer. O debate um dia será: “O que é o género? E porquê e para quê rotular-me?” Ainda falta tempo para isso, mas vamos a caminho, em Lisboa e no Porto. Há ainda demasiados regiões do país onde ser LGBTI é um envio directo para um exílio forçado. E há ainda demasiados países onde a homossexualidade é crime. Em África, por exemplo, só Cabo Verde luta pela inclusão. É, ainda, ilegal em 34 países nesse continente amar alguém do mesmo sexo. É punível com pena de morte no Sudão, Somália ou Nigéria. Portugal está noutro sítio. Do globo e do espectro dos direitos lgbti – estamos em 7• lugar no índice da @ilgaeurope mesmo com o veto do PR na lei de identidade de género. E ainda bem, mas há sempre degraus a subir. Não só aqui como no mundo inteiro. Mando um abraço a todos aqueles que já vivem sem medo e que lutam para que a igualdade não seja uma miragem. Vamos lá chegar. Juntx. Bom #idahot2018 #onuportugal #lgbti ?

Uma publicação partilhada por Rui Maria Pêgo (@ruimariapego) a

O filho de Júlia Pinheiro, numa anterior publicação, já tinha confessado que durante muito tempo cresceu com medo e acreditar que ser gay era “um problema; um pecado; um erro genético; uma doença; uma informação a ocultar”, acreditando que seria rejeitado numa sociedade que é ainda “conservadora e pouco disponível para incluir a diferença”.

O locutor de rádio acredita que “juntx” vão conseguir com que a “igualdade não seja uma miragem”.

O seu mais recente post o filho de Júlia Pinheiro mereceu inúmeros comentários a parabeniza-lo pela coragem, tendo mesmo a atriz Sílvia Rizzo deixado a seguinte mensagem: “é o dia contra a ignorância e a estupidez, onde está tudo incluído…”.

Recorde-se que Rui Maria Pêgo assumiu publicamente a sua homossexualidade, na sequência do massacre de Orlando,numa discoteca LGBT, nos Estados Unidos, em 2016.