Uma onda laranja vai invadir Portugal pois, esta quarta-feira, dia 30 de abril, celebra-se o dia mundial da esclerose múltipla. Para assinalar a data, a Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM), apoiada pela Merck, vai promover uma iniciativa solidária, denominada “Alerta Laranja – Juntos Vencemos a Esclerose Múltipla”.
A campanha insere-se na ação mundial, “Bringing Us Closer”, lançada pela Federação Internacional da Esclerose Múltipla, que pretende celebrar o contributo que a investigação tem dado no sentido de de acabar de vez com a EM.
Assim, por cada foto partilhada com uma peça de roupa cor de laranja, identificada com o hashtag da campanha ‘#EMalertalaranja’, 1 euro vai ser doado às associações de doentes com esclerose múltipla.
Fachadas de edifícios e monumentos emblemáticos como o Cristo Rei, o Templo de Diana ou o Castelo dos Mouros vão ser iluminadas com a cor laranja, a cor da doença. Nas redes sociais, determinados rostos conhecidos do público vão vestir-se de laranja e convidar os seus seguidores a fazer o mesmo.
No mesmo dia, decorrem ações de sensibilização e animação, em algumas das principais praças da cidade de Lisboa – exterior da Estação do Oriente, no Largo de Camões e na Praça dos Restauradores – , nomeadamente a exibição de uma faixa com o lema da campanha.
Mas afinal o que é a esclerose múltipla? Trata-se de “uma condição inflamatória crónica do sistema nervoso central e é a doença neurológica mais comum, não traumática e incapacitante em jovens adultos.”
Os afetados são, geralmente, jovens, em especial mulheres de 20 a 40 anos. Susana Protásio, vice-presidente da SPEM, explica que o “Alerta Laranja é uma campanha que pretende, de uma forma positiva, criar um momento público para se falar de esclerose múltipla e a necessidade da sociedade contribuir para que as pessoas afetadas, maioritariamente jovens em idade ativa, possam fazer face à doença e continuar as suas vidas com as mesmas oportunidades”.
A causa da doença é desconhecida, contudo vários estudos têm sido elaborados no sentido de conhecer melhor o problema e melhorar a vida dos pacientes: “queremos deixar uma mensagem de esperança às pessoas que são agora diagnosticadas com EM, pois dada a evolução dos tratamentos ao longo dos últimos 20 anos, o prognóstico destes doentes mudou substancialmente. A história natural da esclerose múltipla está a mudar. Esperança e qualidade de vida serão, de hoje em diante, palavras associadas ao tratamento e gestão do doente com Esclerose Múltipla”.
Entre os sintomas mais comuns desta doença incurável estão a visão turva, dormência, fadiga, fraqueza muscular, distúrbios de equilíbrio e de coordenação e formigueiro nos membros, sendo que 65% dos doentes refere algum nível de incapacitação.
A SPEM estima que a EM afete cerca de 8 mil portugueses, sendo “duas vezes mais prevalente nas mulheres do que nos homens”. Pelo mundo, estima-se que 2,5 milhões de pessoas sejam afetadas por esta doença incapacitante.