O Portugal- Irão da passada segunda-feira ainda continua a dar que falar e não é pelo resultado, mas sim pelas declarações do treinador adversário, o português Carlos Queiroz, e picardias antigas, principalmente em relação a Ricardo Quaresma.
Queiroz deixou o jogador de fora dos convocados no Mundial da África do Sul, há oito anos, e o craque pô-lo fora do campeonato do mundo, que joga agora na Rússia, com um golaço de trivela.
Logo no final da partida, Quaresma mostrou-se irritado com as atitudes de Carlos Queiroz durante os 90 minutos. Isto porque “ele, como português, devia respeitar mais os portugueses”, sublinhou, recusando-se a responder ao treinador, senão ficariam ali “a noite toda”.
E o ‘Harry Potter’ do futebol levou troco de Carlos Queiroz na mesma moeda: “O Quaresma ainda vai ter de jogar pela minha seleção e não vou tecer mais comentários. Mas se todos os treinadores que ele teve falassem dele, ficariam alguns anos a falar”.
Ricardo Quaresma não se ficou e reagiu nas redes sociais, com uma imagem ilustrativa irónica e um texto onde afirma estar “habituado a sofrer de preconceito ao longo da vida”. E, “talvez isso me tenha feito mais forte, talvez isso me tenha feito um ser humano melhor. A minha resposta a esse preconceito sempre foi trabalhar mais, lutar mais, para chegar onde sempre sonhei chegar. Sei de onde vi, o que passei para aqui chegar e para onde quero ir e não quero ir sozinho, quero ir com a equipa toda, ser um entre todos”, acrescenta.
Para terminar, usou um provérbio português, frisando que “se é verdade que o povo diz que se deve ter sempre um olho no burro e outro no cigano também é verdade que vozes de burro não chegam ao céu”. “Agora, vamos lá jogar, apoiar a seleção, concentrados para ganhar ao Uruguai”, concluiu, pronto para o embate nos oitavos de final.
