Um estudo realizado pela Universidade de Harvard, em Massachusetts, Estados Unidos da América, diz que as crianças criadas por mães que trabalham fora são tão felizes e bem-sucedidas profissionalmente quanto as criadas por mães donas de casa.
A pesquisa contou com 100 mil homens e mulheres de 29 países, que responderam a perguntas sobre como o dia a dia das suas mães afetou a sua vida adulta. Os resultados foram obtidos também a partir do cruzamento de dois levantamentos sobre maternidade e mercado de trabalho realizados pela universidade entre 2002 e 2013.
“As pessoas ainda acreditam que, quando as mães estão empregadas, prejudicam os filhos”, disse Kathleen McGinn, professora da Harvard Business School, que liderou o estudo. No entanto, as filhas de mulheres que trabalhavam fora ganham mais em comparação com as outras. O que explica que elas acabam por se espelhar na opção das suas mães e investir na própria carreira.
Essa influência não atinge os filhos homens, que usam o pai – normalmente empregado – como exemplo, mas tem outros efeitos. “Filhos de mulheres empregadas também tendem a escolher esposas que trabalham e têm atitudes de género significativamente mais igualitárias”, diz a pesquisadora.
Para Kathleen, os resultados são positivos e vão soar como alívio a muitas mulheres que trabalham fora e se sentem culpadas por ficar muito tempo longe dos filhos. “À medida que gradualmente percebemos que nossos filhos não estão sofrendo, esperamos que a culpa vá embora”.