Aos 34 anos, o atleta português provou que “velhos são os trapos” conquistando a 12.ª medalha da carreira em torneios internacionais, a 7.ª de ouro, ao vencer o triplo salto nos Europeus de Berlim com um salto de 17,10 metros.
Em Berlim, Nélson Évora superou a melhor marca pessoal do ano (17,05m), que era a terceira da Europa atrás da de Pedro Pichardo, o cubano que adquiriu nacionalidade portuguesa no final do ano, e de Alexis Copello (17,24m), o cubano que compete pelo Azerbaijão desde 2017.
Copello era mesmo visto como o favorito nos Europeus de Berlim, mas não fez melhor do que 16,93m e teve de se contentar com a prata. O último lugar do pódio foi para o grego Dimitris Tsiámis, com 16,78m, apenas mais dois centímetros do que Nazim Babayev, do Azerbaijão.
Évora ganhou asas durante a competição, alcançando o melhor salto na quinta e penúltima tentativa. Na primeira e na última, teve saltos nulos. Fez 16,55m no segundo salto, 16,86m no terceiro e 16,87m no quarto, antes de voar até ao topo, agarrando o ouro, o título que lhe faltava.
Nélson está num bom momento de forma, depois de tanto ter sofrido com lesões entre 2010 e 2014 e a tíbia direita a acusar o peso da competição. Mas tudo parece ultrapassado e, depois de fazer ouvir “A Portuguesa” na Alemanha, já tem os olhos postos no Japão e nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020, para reeditar o feito de Sidney, há dez anos.