A rainha da soul faleceu, esta quinta-feira, em sua casa, em Detroit, Estados Unidos. Assim confirmou o agente de Aretha Franklin que tinha 76 anos e já estava num muito debilitado estado de saúde já há alguns dias.
A Associated Press foi quem, na segunda-feira, deu conta de que a artista podia ter os dias contados pois estava “seriamente doente”.
Aretha Franklin nunca mais ficou totalmente bem desde que, em 2010, descobriu ter um cancro no pâncreas. Foi operada, perdeu muito peso, mas continuou a dar espetáculos.
O ano passado, já mais debilitada, anunciou que se retirava dos palcos, mantendo-se em estúdio e disponível para eventos especiais, como aquele que, em novembro, celebrou os 25 anos da Fundação Elton John. Já no corrente ano, cancelou outras participações por não estar bem.
A pior notícia chega hoje: partiu a voz do Gospel, mas fica a obra e a sua alma.
Nascida em Memphis, no estado norte-americano do Tennessee, em 1942, Aretha Franklin era filha de Barbara Siggers e do famoso pastor e ativista dos direitos civis no Estados Unidos, Clarence LaVaughn Franklin. Com o apoio dos pais, lançou seu primeiro álbum, Songs of Faith, em 1956 – quando tinha apenas 14 anos.
Desde então, são quase 62 anos de carreira, interrompidos apenas no início deste ano por recomendações médicas. A última apresentação pública ocorreu em agosto de 2017.
Em 1987, tornou-se a primeira mulher a fazer parte do Rock & Roll Hall of Fame, quando recebeu o apelido de Rainha do Soul. O repertório é composto por clássicos, como I Say A Little Prayer, Respect e You Make Me Feel Like. As faixas renderam a Aretha 18 estatuetas do Grammy.
Amada pelos políticos
Em 1986, o governo do Michigan decretou a voz da artista como um “fenómeno natural”. Em 2005, o então Presidente George W. Bush condecorou Aretha Franklin com a Medalha Presidencial da Liberdade pelos “seus serviços aos Estados Unidos”. E em janeiro de 2009 cantou na posse do presidente Barack Obama.