Saúde & bem-estar

Especialistas recomendam mel para a tosse

Opte pelo tratamento com mel natural em vez de antibióticos, aconselham as novas diretrizes de saúde do Instituto Nacional de Saúde e Cuidados Excellence (NICE) e a Public Health England (PHE), em Inglaterra. As tosses podem ser facilmente tratadas em poucas semanas sem a necessidade de antibióticos.

A utilização frequente de antibióticos para tratamento de tosses leves pode desencadear resistência bacteriana.

“Se alguém tem o nariz a escorrer, dor de garganta e tosse, esperamos que o problema seja resolvido dentro de duas a três semanas, portanto, os antibióticos não são necessários”, aconselhou ao The Independent Tessa Lewis, presidente do grupo de orientação antimicrobiana da NICE.

A procura de um médico só é recomendada no caso de tosse prolongada que cause falta de ar ou se o indivíduo sentir que está muito doente e não consegue melhorar sem medicação. Para casos especiais, como tosse aguda ou condição pré-existente (doença pulmonar ou fibrose cística), aconselha-se a procurar o médico o mais rápido possível.

Alternativas
Além do mel, já conhecido pelas suas propriedades atenuantes, medicamentos disponíveis para compra sem receita podem ajudar a aliviar a tosse por terem na sua fórmula vários ingredientes terapêuticos, como pelargonium, guaifenesina e dextrometorfano. A combinação do mel com limão, gengibre ou bebidas quentes também são remédios caseiros clássicos e efetivos para tosses e dores de garganta.

No entanto, o mel não é recomendado para crianças com menos de um ano, já que ocasionalmente contém bactérias que podem causar botulismo infantil. De acordo com o Ministério da Saúde, o botulismo infantil é um problema intestinal muito frequente em crianças com idade entre 3 e 26 semanas. Uma das principais causas é a ingestão de mel de abelha nas primeiras semanas de vida. Esta doença pode ser responsável por 5% dos casos de morte súbita em lactentes, escreve a revista Veja.

Antibióticos
Todos estas alternativas podem substituir os antibióticos em casos mais leves. “A resistência aos antibióticos é um problema enorme e precisamos agir agora para reduzir o seu uso. Tomá-los quando não se precisa deles coloca-nos em risco de desenvolver infeções que, por sua vez, podem não ser facilmente tratadas”, explicou Susan Hopkins, infectologista da PHE.