Aos 38 anos, é um dos homens do momento. No sábado, 8 de setembro, Frederico Varandas tornou-se o 43.° presidente do Sporting, clube onde antes era diretor clínico.
Pronto para a “guerra” que o cargo pode acarretar, o médico já está habituado à tensão na linha de combate. Capitão do exército, Frederico esteve em missão no Afeganistão, em 2008. E, por esse motivo, faltou ao jogo da conquista da 15.ª Taça de Portugal pelo clube do coração.
Na Ásia Meridional, andou entre talibãs e afegãos e foi alvo de uma emboscada. Houve feridos, mas tudo acabou por terminar sem danos maiores e, dez anos volvidos, ele mostra que está preparado para o presente e para o que o futuro lhe possa reservar ao nível diretivo.
Ainda à conta do trabalho no Afeganistão, Varandas foi distinguido com a Medalha D. Afonso Henriques, como prova de reconhecimento pela entrega pela paz ao serviço de Portugal.
Sportinguista desde que se conhece, descobriu nos bastidores de Alvalade o amor, ao apaixonar-se por Katarina Larsson. A sueca é triatleta leonina, mas foi em prol da carreira que elegeu Portugal para viver.
O casal vive na linha de Cascais, numa moradia com piscina, onde costuma receber amigos, alguns deles também ligados ao clube. Entre eles, Bas Dost e a mulher, Anne Fleur de Leeuw, que é também atleta do Sporting (ciclismo) e próxima de Katarina que se descreve “uma viking em Portugal”.
Mas, Varandas já mostrou que não faz bandeira da vida pessoa e, mesmo na tomada de posse, foi com discrição que a amada esteve presente, por perto, mas quase sem se fazer notar.
Com a tarefa de fazer esquecer os tempos complicados herdados do antecessor Bruno de Carvalho, Frederico Varandas quer devolver a alma ao leão, ao mesmo tempo que o seu charme vai conquistando fãs até de clubes adversários.