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“Casados à Primeira Vista”: Lídia e Francisco casaram entre dúvidas e lágrimas

Depois dos casamentos de Eliana e Dave; Graça e José Luís; Hugo e Ana; João e Sónia, foi a vez de Lídia e Francisco casarem este domingo.

Mas nem tudo correu como o previsto. Lídia ainda não tinha chegado ao altar e já ponderava: “Se vou desistir no altar eu não sei, mas em princípio não”.

Na hora do “sim”, os lugares reservados aos convidados de Lídia estavam vazios, o que deixou o noivo desconfortável e receoso, até que chegou Gonçalo, o filho, o único a apoiar a noiva. “Só vou ter o Gonçalo neste casamento. Não me deixa de forma nenhuma sensibilizada. Mostra bem a mentalidade num País com uma mentalidade completamente fechada e que tudo o que é estranho temos a tendência em rejeitar”, explicou Lídia que apesar de ter dito o contrário se emocionou com a situação.

Ao contrário do noivo que gostou do que viu mal a vislumbrou, Lídia comentou imediatamente que não havia química. “Eu não tive repulsa nenhuma pelo Francisco, de todo. Tive foi tempo para pensar, naquele momento, o que é que eu estava ali a fazer”, questionou a noiva, mostrando-se visivelmente desconfortável.

O beijo também foi um problema. Enquanto Francisco “gostava de ter dado um beijo na boca”, mas não sentindo abertura por parte da noiva acabou por dar dois beijos no rosto, Lídia disse ter-se sentido incomodada por perceber que Francisco lhe estava a pedir aprovação para aquele momento.

No final da cerimónia, Lídia ignorou o pedido de Francisco para lhe dar a mão e durante a sessão fotográfica não olhou para o marido e continuou com a postura negativa que adotou desde o início. “Neste momento ainda não acho nada do homem que está ao meu lado. Por que é que meti nisto?”, insistia.

Já no copo d’água, enquanto os convidados estranhavam a demorada ausência dos noivos, Lídia duvidava se queria levar à vante o casamento e telefonou ao terapeuta Fernando Mesquita a desabafar.

Quando eu olho para ele não tem nada a ver comigo”, lamuriou-se enquanto o profissional lhe dizia: “Uma coisa é o aspeto exterior da pessoa, outro é aquilo que está lá dentro. Eventualmente, o Francisco terá coisas que podem ser importantes para si. Eu acho que está na altura de dar uma oportunidade”.

Depois de muitas lágrimas e dúvidas lá falou com o marido que a aconselhou a não desistir à primeira.

Tudo o que me magoa eu não avanço”, afirmou com lema de vida.

Conheça o perfil dos recém-casados:

A Lídia tem 44 anos e vive em Massamá com o filho, o seu grande apoio nesta aventura. Trabalha numa multinacional como account manager. Descreve-se como uma louca e gosta de ser polémica. O amor entrou cedo no seu coração. Foi no liceu que conheceu o homem com quem viria a casar aos 27 anos e o pai do filho Gonçalo, hoje com 18 anos. Foram muito felizes, mas o marido foi diagnosticado com uma meningite meningocócica, ao fim de seis anos a tentar ajudá-lo, não aguentou mais e pediu o divórcio. São agora bons amigos. Lídia quer voltar a sentir o arrebatamento de uma grande paixão.

O Francisco tem 52 anos, é antiquário e vem do Monte do Estoril. Acha-se lutador e empenhado, um excelente vendedor e comercial. Quando tinha 18 anos, ia buscar coisas a Ceuta e trazia-as para as amigas da mãe venderem por si e fazia bom dinheiro com isso. Trabalhou no ramo automóvel e em publicidade. É ex-fuzileiro e jogava futebol federado pelo Sacavenense. Todos os dias faz desporto, corre, pratica ginásio e body pump. Está divorciado há 6 anos e tem três filhos (com 22, 21, e 15 anos). Acha-se frontal e conta que “diz o que pensa e não pensa no que diz”. É romântico e gosta de andar de mão dada sem medo de dar carinho em público.