O prémio Nobel da Paz foi hoje atribuído ao primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, promotor de um acordo de paz com a Eritreia, informou o Comité Nobel norueguês.
O prémio vale nove milhões de coroas suecas, cerca de 830 mil euros.
Este prémio, decidido à porta fechada por um comité de cinco pessoas nomeadas pelo Parlamento, era aguardado com grande expetativa. Entre os indicados deste ano, os favoritos eram o líder indígena Raoni Metuktire e a ativista sueca Greta Thunberg.
Porém, a escolha premiou os esforços de Abiy Ahmed Ali pelo seu trabalho para reforçar a democracia na Etiópia desde que tomou posse em abril de 2018, com a libertação de presos políticos e a nomeação de um governo paritário e a assinatura dos acordos de paz com a vizinha Eritreia, pondo fim a um conflito de 20 anos.
Na carta de nomeação de Abiy Ahmed, divulgada pelos jornais locais, lê-se que o político de 43 anos é “um símbolo de paz e justiça numa região onde os líderes políticos têm governado pela violência, tirania e violação dos direitos humanos” e por ser “um líder transformacional em equidade e direitos humanos dentro da Etiópia“.
Logo depois do anúncio, o governo etíope anunciou que o país está orgulhoso pelo prémio.
Ethiopian Prime Minister Abiy Ahmed Ali has been awarded this year’s #NobelPeacePrize for his efforts to achieve peace and international cooperation, and in particular for his decisive initiative to resolve the border conflict with neighbouring Eritrea. @AbiyAhmedAli#NobelPrize pic.twitter.com/3Niwalusj7
— The Nobel Prize (@NobelPrize) October 11, 2019