“Tinha de melhorar o aspeto físico e mental”. Foi assim que, na noite deste sábado, o guarda-redes Iker Casillas recuou cinco anos, até quando se mudou para o F.C.Porto, deixando para trás uma longa carreira no Real Madrid.
“Poucas vezes falei sobre a minha saída do Real Madrid. Dei uma conferência de imprensa sozinho, um erro, e saí“, recordou, deixando perceber algum arrependimento, sublinha que “cinco anos passaram desde então”.
“Cinco anos desde que cruzei a fronteira e fui para o nosso país vizinho: Portugal. Precisava de voltar a sentir-me outro”, continuou Casillas, lembrando uma fase em que, na capital espanhola, todos lhe apontavam o dedo.
San Iker precisava de “ter um novo ambiente, deixar de estar tão exposto à crítica”, além de “querer melhorar”. “É assim, amigos, todos os jogadores (bons ou maus) querem melhorar. Tinha de melhorar o aspeto físico e mental. E este último era importante. No FC Porto voltei a senti-lo. Não deixem que vos digam outra coisa“, acrescentou.
Três dias depois de ter celebrado o 39.º aniversário, o futebolista fez uma espécie de balanço misturado com notas de nostalgia, numa altura em que os adeptos portistas ainda sonham vê-lo jogar uns minutos como despedida, pouco mais de um ano depois do enfarte do miocárdio que o afastou dos relvados.
Atualmente, Iker Casillas é oficialmente candidato à presidência da Real Federação Espanhola de Futebol, mas é com tranquilidade que vai levando a vida na Invicta. E, este fim de semana, com a mulher, Sara Carbonero, os filhos, Martín e Lucas, e alguns amigos, escapou até ao campo para desconfinar.
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