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Pêpê Rapazote puxa do bigode para recordar o “Porto Campeão Europeu 1987”

O ator nasceu e cresceu em Lisboa, mas foi pelo azul e branco que cedo se apaixonou, sendo um adepto fervoroso do F.C.Porto. Por isso, esta quarta-feira, Pêpê Rapazote recordou “um dos dias mais felizes” da sua vida, quando a equipa treinada por Artur Jorge conquistou a Taça dos Clubes Campeões Europeus.

No Instagram, o artista publicou uma imagem dos jogadores que venceram a emblemática final de Viena contra o Bayern de Munique e uma outra em que, ao lado de Artur Jorge, se mostra também de bigode e com a camisola portista vestida. “De que outros bigodes lendários desta equipa te lembras?”, questionou, antes de um longo e profundo texto.

Porto Campeão Europeu 1987. Há precisamente 33 anos tive um dos dias mais felizes da minha vida. Como adolescente a crescer solitariamente em Lisboa, rodeado de amigos benfiquistas, assisti a este jogo numa explosão de orgulho e alegria. Como era possível que o meu clube, oriundo de uma pequena cidade, perdida no mapa da Europa, fosse campeão europeu de futebol???”, relembrou, numa viagem ao passado com emoção.

Pêpê lembrou o momento em que os pupilos de Artur Jorge ainda perdiam contra os alemães da Baviera, mas nele crescia “a convicção que íamos dar a volta”: “E que reviravolta! Dois golos que nunca hão-de sair da memória e, quando o jogo terminou, consegui ver num segundo tudo o que sentia pelo F.C.Porto há 16 anos. Lembrei-me que ainda uns anos antes o Porto não ganhava um campeonato há 19… e, no entanto, ali estava, campeão europeu, sem orçamento, sem ouro, sem pedestal, sem merdas. Um orgulho, uma raiva, um urro, um grito de vingança”.

Como muitos portugueses, na altura, chorou. Foram “lágrimas, lágrimas, lágrimas. Contra tudo, contra todos, a minha cidade, o meu Porto estava no centro do mundo. E este punhado de semi-Deuses fizeram-no sozinhos… sozinhos!”, sublinhou, reconhecendo ainda “mais orgulho”.

Tudo isto combinava comigo e acabou por moldar-me a vida. Afinal eu devia continuar a estar do lado dos ‘underdogs’. Mais tarde, a viver no Porto, fui feliz, tão feliz. O caminho, o único que importa, é assim mesmo carregado de esperança”, concluiu, numa declaração de amor ao clube do coração, mas também numa lição de vida sem igual.

Aos 49 anos, Pêpê Rapazote assina uma carreira de sucesso por cá e também internacionalmente, tendo regressado recentemente dos Estados Unidos para onde viajou para novas aventuras na ficção e que a pandemia adiou.