Kara Keough Bosworth, que deu à luz o seu segundo filho a 12 abril, em plena pandemia, anunciou que o bebé morreu seis dias depois de nascer, devido a complicações decorrentes do parto.
Devastada, a atriz de 31 anos, decidiu homenagear o filho tatuando a letra “M”, inicial do nome que deram ao pequeno, McCoy. De forma incomum, o tatuador misturou a tinta com as cinzas do menino.
Kara Keough Bosworth mostrou a tatuagem quando agradeceu o urso de pelúcia com que foi presenteada. “Não consigo explicar em palavras o quanto me conforta poder segurar algo que pesa exatamente o mesmo que McCoy (…) Exatamente o tamanho do buraco no meu coração. Mas, graças a esse presente atencioso, os meus braços não parecem tão dolorosamente vazios“, começou por contar na legenda da imagem em que mostra a tatuagem.
“Também me sinto grata pela minha nova (primeira) tatuagem, com as cinzas do meu filho na tinta … para que meu bebé possa ficar comigo sempre. Ele pode ficar para sempre nos meus braços assim, no lugar que ele descansou pela última vez“, desabafou.
Kara Keough Bosworth queria que sua segunda gravidez fosse diferente da que teve com a filha Decker, de 4 anos. Ela e o marido optaram por não saber o sexo da criança e escolheram um nome que funcionaria quer fosse menina ou menino: McCoy Casey.
Quando a pandemia do novo coronavírus apareceu, decidiu fazer o parto na sua casa em Jacksonville, Flórida, com o apoio de uma enfermeira-parteira licenciada. Mas não correu bem, os ombros do bebé ficam presos na pélvis da mãe durante o parto. Dias depois recebeu a notícia que mais temia: o filho sofreu graves danos cerebrais e dificilmente se recuperaria. O cérebro de McCoy havia sido privado de oxigénio durante muito tempo.
Removeram o suporte de vida do recém-nascido no sexto dia e doaram os seus órgãos. Bosworth também doou o seu leite materno.
De acordo com um relatório de 2016 do Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas, há aproximadamente 35.000 partos domiciliares nos EUA por ano. Porém, as principais associações médicas não recomendaram partos em casa, citando estatísticas de que os recém-nascidos têm duas vezes mais chances de morrer nesse cenário. Os hospitais estão preparados para emergências com equipa profissional e tecnologia médica, por isso são mais seguros.