Marta Temido voltou a ser entrevistada por Cristina Ferreira, agora na TVI. Esta terça, a ministra da Saúde participou no “Dia de Cristina” para fazer o balanço da pandemia e abrir o coração.
A caminho do Inverno e com o frio a fazer-se anunciar, revelou que a COVID-19 está, de novo, em fase ascendente na Europa e que, a par dos casos de gripe, colocam os profissionais de saúde em alerta.
Mas há uma vantagem, para Marta Temido, pois no semestre anterior “tornamo-nos melhores a compreender o vírus (…) Foram seis meses de aprendizagem de um fenómeno totalmente novo”.
Confessou que já se sentiu cansada do papel que desempenha, mas desistir não é opção: “Agora, não posso. Seria uma cobardia. Nós não podemos desistir, quando as pessoas precisam de nós. Já tive vontade, já tive momentos em que achei que não podia mais… Mas, na verdade, estamos todos assim, não?“.
No entanto, a ministra sairá do cargo “quando os portugueses entenderem que é o momento”. E anunciou que, tendo em conta todos os estudos científicos, em 2021, chegará a tão desejada vacina. Até lá, “temos mesmo” de respeitar o distanciamento, para rapidamente “nos podermos abraçar outra vez”.
Marta Temido assumiu que os problemas de que se queixam os médicos e enfermeiros são um problema real, inclusive os baixos salários, mas se não houve ainda solução “é porque ainda não foi possível”. E, em casa, também recebe queixas, até porque a irmã também é médica.