Oficinas de percussão e dança africanas, um concerto com comboios em miniatura e outro com uma orquestra de antenas e rádios acontecem esta semana em Lisboa, no Big Bang, festival europeu de arte contemporânea para crianças.
O festival, marcado para sexta-feira e sábado no Centro Cultural de Belém, é uma iniciativa internacional, que acontece em países como Bélgica, Noruega e França e que existe em Portugal há cinco anos, propondo espetáculos de música contemporânea, que estimulem e desafiem espetadores entre os quatro e os 12 anos.
Este ano, o programa dá destaque à cultura africana, com uma atuação de músicos e bailarinos da associação cultural Batoto Yetu Portugal, com duas oficinas de percussão e dança e com encontros abertos ao público, à hora de almoço, na Praça CCB.
Entre as propostas portuguesas, destaque ainda para a atuação da pianista Joana Sá, acompanhada de piano semi-preparado, sinos, sirenes, um piano de brincar e caixas de ruído, e para a iniciativa “Quarto dos Músicos”, que permitirá descobrir o universo musical da pianista Teresa Gentil e do músico Noiserv, em sessões de 15 minutos.
Sónia Moreira, Ana Trincão e Simão Costa encabeçam a SAS Orkestra de Rádios para uma atuação que “transforma antenas e rádios em instrumentos sonoros e estéticos que apelam ao toque e ao contacto”, lê-se na programação.
No Big Bang em Lisboa acontecerá ainda a estreia mundial do espetáculo belga “Ballet Mekanique”, com cinco músicos e uma bailarina a dialogarem sobre corpo e música, recorrendo a objetos como apitos de pássaros, brinquedos e máquinas antigas.
Da Bélgica chegará também o concerto “Station”, de Nicolas Rombouts (contrabaixo) e Joris Caluwaerts (teclados), que se fazem acompanhar de comboios miniaturas de brincar, em movimento no palco, numa espécie de viagem imaginária em carris.
A aposta no jazz praticado pelos mais novos dá-se com a presença de jovens músicos da Big Band Júnior, criada recentemente, com alunos entre os 12 e os 16 anos.