Depois de lhe ser aplicada a medida de coação mais gravosa, prisão preventiva, o antigo primeiro-ministro José Sócrates foi encaminhado para o Estabelecimento Prisional de Évora. Perto da meia-noite, a direção da prisão reservada a ex-polícias, militares e magistrados, recebia ordens para acolher Sócrates, a quem foi atribuído o número de preso 44.
João Perna (motorista) e Carlos Santos Silva (amigo e antigo administrador do grupo Lena) foram para o estabelecimento prisional da Polícia Judiciária, em Lisboa.
Para os três arguidos que ficarão em prisão preventiva estão em causa os crimes de fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção. Apenas a João Perna, motorista de Sócrates, foi também imputado o crime de “detenção de arma proibida”.
A decisão do juiz de instrução Carlos Alexandre foi tomada ao fim de dois dias de interrogatório ao ex-primeiro-ministro, que passou as últimas três noites no Comando Metropolitano da PSP, em Moscavide.