A Associação de Defesa do Consumidor DECO “chumbou” a venda de 18 brinquedos, entre os 40 testados, apontando problemas como peças pequenas que se soltam com facilidade, pilhas acessíveis e fraca resistência ao impacto, foi divulgado esta terça-feira, dia 25.
Segundo a DECO, dos 18 brinquedos que chumbaram no teste, oito não cumprem a legislação nacional, facto que levou a associação a pedir à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) a retirada dos mesmos das lojas onde são comercializados.
Os restantes dez apresentam falhas que não estão contempladas na legislação nacional, mas que a instituição considera perigosas, recomendando aos consumidores que evitem a sua compra e que a Comissão de Segurança de Serviços e Bens de Consumo (entidade oficial com competência nesta matéria), avalie os produtos em questão e se pronuncie sobre a sua perigosidade.
Entre os 18 brinquedos, há dez que a DECO revela serem de evitar oferecer às crianças por perigo de peças pequenas: são eles o veículo “Bandai Peppa Pig”, um estojo de cabeleireiro “Centroxogo Girl Beautiful”, um comboio de dinossauros “Dinosaur”, uma caixa de letras magnéticas “First Classroom Magnetic letters”, o jogo “Koala Dream Funny Faces” e o conjunto de bonecas “MGA Mini Lalaloopsy”.
Já os brinquedos Porquinho e Varinha, da “Oudamundo”, revelam ainda ter peças afiadas, assim como a “Pampy Plasticina”, enquanto os carrinhos “Wonder City Racer” apresentam peças pequenas e fraca resistência ao impacto.
Para a DECO, os resultados deste teste não constituem “uma novidade”, adiantando a associação de defesa do consumidor que há 11 anos que avalia brinquedos e “sempre encontrou produtos perigosos”.
Além disso, relembra ainda um outro problema que é a marcação dos brinquedos com a marca CE, explicando tratar-se de um um símbolo colocado nos brinquedos pelos fabricantes, mas que não é uma garantia de segurança para a criança: dos 18 produtos chumbados, 15 tinham esta marcação.
Desta forma, a DECO frisa que cabe aos consumidores “ter cuidado na escolha”, uma vez que a lei e a fiscalização “não conseguem garantir que todos os produtos à venda são seguros”.
A associação alerta que cabe ao consumidor optar por produtos adequados à idade e ao desenvolvimento da criança, alertando que, antes de comprar, se deve ler os avisos e instruções e adquirir o produto tendo em conta a idade da criança.