O procurador anticorrupção de Espanha pediu a condenação de Iñaki Urdangarin, Duque de Palma e cunhado do rei Felipe VI, a 19 anos e meio de cadeia. Para o seu antigo sócio, a pena pedida é de 16 anos e meio de cadeia.
As penas são apontadas no despacho assinado pelo magistrado responsável pela acusação e que esta terça-feira, dia 9, foi entregue ao juiz instrutor do caso Nóos. A imprensa espanhola fala em 14 acusados que podem vir a cumprir, no total da soma das penas, 103 anos de prisão efetiva.
Para Iñaki Urdangarín, além da pena de prisão de 19 anos e meio de prisão, a justiça pede o pagamento de uma multa de 3,5 milhões de euros. No caso do seu antigo sócio, Diego Torres, pode não só enfrentar uma pena de 16 anos e meio como pode ser obrigado a pagar um conjunto de multas na ordem dos quatro milhões de euros.
Já a irmã do Rei Felipe VI não foi acusada de qualquer crime, mas o facto de ter usufruído do dinheiro desviado faz com que seja agora condenada a pagar, a par do seu marido, uma indemnização na ordem dos 587.413 mil euros. Também a mulher de Torres terá que pagar uma multa por ter lucrado com o dinheiro retirado ao Estado. A Iñaki Urdangarín, a Diego Torres e aos restantes arguidos é exigida uma indemnização na ordem dos 6 milhões de euros para pagamento de responsabilidades civis.
A acusação atribui a Urdangarín a autoria de vários crimes, entre outros os de peculato, prevaricação, falsificação de documentos e fraude fiscal.