Os Estados Unidos vão iniciar uma aproximação “histórica” com Cuba, prevendo, nomeadamente, o restabelecimento das relações diplomáticas com o regime de Havana e o alívio das sanções económicas impostas desde 1962.
Os presidentes dos dois países foram à televisão ao mesmo tempo para dar a notícia. Em Cuba, Raul Castro disse que a decisão de Barack Obama merece respeito e reconhecimento dos cubanos.
Nos Estados Unidos, Obama afirmou que a estratégia de isolar Cuba não funcionou. E que os americanos, agora, estendem uma mão amiga aos cubanos. “Na mudança mais significativa em mais de 50 anos, vamos encerrar uma estratégia que há décadas falhou em atingir os resultados desejados. Em vez disso, vamos começar a normalizar as relações entre os nossos países”, disse Obama. O presidente até falou em espanhol: “Todos somos americanos”.
O sinal de que a retomada nas relações diplomáticas estava próxima veio poucas horas antes. Cuba libertou Alan Gross, um americano preso há cinco anos. E também um cubano que trabalhou como agente secreto para os Estados Unidos e estava preso na ilha há 20 anos. Em troca, a Casa Branca ordenou a libertação de três cubanos presos por espionagem. Este dia ficará marcado na História.