Exposições com obras dos artistas Pedro Barateiro, Ernesto de Sousa e Christian Marckley, e do Prémio Novo Banco Photo vão ser apresentadas em 2015 no Museu Coleção Berardo, em Lisboa.
De acordo com a programação para o primeiro semestre do próximo ano, a 11 de fevereiro está prevista a inauguração de uma mostra constituída por trabalhos inéditos ainda em fase de conclusão do artista Pedro Barateiro.
Segue-se, a 5 de março, a exposição de Christian Marckley, intitulada “The Clock”, e depois, a 18 de abril uma exposição de cartazes de Ernesto de Sousa.
A 17 de junho será a vez da exposição do Prémio Novo Banco Photo (ex-Prémio BES Photo) regressar em 11.ª edição, com o mesmo valor, de 40 mil euros, e mantendo a parceria com o Museu Berardo, segundo a entidade.
Ainda segundo o Museu Berardo, parte da exposição do artista Pedro Barateiro será posteriormente na Red Cats de Los Angeles, um centro de arte multidisciplinar naquela cidade norte-americana.
Nascido em 1979, em Almada, Pedro Barateiro, que vive e trabalha em Lisboa, tem um mestrado estrado em Artes Visuais da Malmö Art Academy, Suécia e estudou na Mamaus – Escola de Artes Visuais em Lisboa.
Entre outras, participou na XXIX Bienal de São Paulo (2008), no Brasil, na Bienal de Berlim (2008), na Alemanha, na Bienal de Sydney (2008), na Austrália, na Photo España (2008) e na Bienal de Busan (2006), na Coreia do Sul.
Quanto à exposição “The Clock”, do artista suíço-americano Christian Markley, foi criada como uma experiência cinematográfica integrada num espaço museológico.
Com “The Clock”, criado em 2010, Christian Marclay viria a receber o Leão de Ouro na Bienal de Arte de Veneza de 2011.
O visitante é surpreendido com um espaço parecido com uma sala de cinema, com uma projeção de fragmentos de filmes da história do cinema, com a particularidade de, em cada sequência apropriada, um relógio surge no ecrã.
Christian Marclay, nascido nos Estados Unidos, em 1955, passou a infância em Genebra, na Suíça, na École Superieur d’Arts Visuels, e depois no Massachussets College of Arts de Boston e na Cooper Union de Nova Iorque.
Depois de desenvolver performances musicais no final da década de 1970, passou a trabalhar com manipulações de discos em vinil, produzindo colagens de diferentes trechos musicais, e o seu trabalho centrou-se na relação entre som, cultura áudio e artes visuais.
A partir de 18 de abril, o Museu Berardo vai apresentar uma exposição sobre a coleção de cartazes Ernesto de Sousa, com curadoria de Rui Afonso Santos.
Ernesto de Sousa (1921-1988) foi um artista pioneiro do experimentalismo intermedia em Portugal, mentor da “Alternativa Zero”, uma exposição realizada em 1977 que marcou a História da arte no país.
Muitos dos artistas que nela participaram tornaram-se nomes consagrados, como foi o caso de Helena Almeida, Julião Sarmento, Ângelo de Sousa, Noronha da Costa e Fernando Calhau, entre outros.