Um em cada dez rapazes já experimentaram haxixe, sendo que o consumo de cannabis é mais acentuado entre os alunos do secundário, o que preocupa as autoridades, que alertam para o risco de crises psicóticas, noticia a agência Lusa.
De acordo com o relatório da Direção-Geral da Saúde “Portugal Saúde Mental em Números — 2013”, hoje divulgado, 10,7% dos rapazes e 7% das raparigas assumiram já ter experimentado haxixe, percentagens que descem para 4,7% e 2,1% quando se fala em estimulantes, para 3% e 1,1% no caso do LSD e 2,5% e 1,4% para a cocaína.
Os responsáveis alertam para o facto de não haver consciência de que o consumo de substâncias psicoativas lícitas ou ilícitas pode provocar “lesões neuronais eventualmente irreversíveis”.
“O conceito erróneo de considerar os cannabinoides como ‘drogas leves’ ainda hoje tem consequências danosas, ao não se acrescentar que são das substâncias mais desorganizadoras mentais, responsáveis eventuais (mais do que as outras ilícitas) por quadros sobreponíveis aos das psicoses esquizofrénicas, independentemente da dose”, sendo mais lesivas na razão inversa da idade do consumidor, lê-se no relatório.
O inquérito que serviu de base ao relatório revela que o haxixe tinha sido experimentado por 1,6% dos jovens do 6º ano, 5,2% dos do 8º ano e 17,1% do 10º ano.