Kai Hibbard, que participou no programa “The Biggest Loser”, nos EUA, em 2006, contou ao “Daily Telegraph” a realidade chocante que se vive por detrás das câmaras. Horas e horas de exercício físico, sem dó nem piedade, lesões que não são mostradas nos programas, desidratação total e outros problemas sérios levam concorrentes a correr dos estúdios para os hospitais.
Kai Hibbard pesava 120 quilos e acabou com 65, mas não poupa críticas ao método usado para perder peso, que passa por fazer horas e horas de exercício sem parar. Cinco a oito horas é o normal. Os concorrentes são levados à exaustão e o corpo chega mesmo a entrar em colapso, havendo mesmo quem chegue a vomitar. “Nas primeiras três semanas sangrava dos meu pés”, confessou a ex-concorrente.
Mas piedade é algo que não existe da parte dos treinadores. A grosseria com que os concorrentes são tratados chocaria muitas pessoas, mas a vontade de ficar no programa leva a que não desistam: “Pensamos que somos sortudos por lá estar e nem nos queixamos de nada”.
As lesões corporais, como ruturas musculares, são mais frequentes do que se pensa. Os ferimentos chegam a ser graves, porém nunca referenciados no programa.
Quando o tema é alimentação, saiba que a quantidade de calorias ingeridas é severamente restringida. Se o cidadão com estatura e peso médio deve consumir entre 1.200 e 1.600 por dia, aos concorrentes ficam-se pelas mil diárias. A sua lista de compras é aprovada pelo treinador e a maior parte dos alimentos é fornecida por patrocinadores, sendo que tem pouco ou nenhum valor nutricional.
Kai Hibbard contou que, no tempo em que dormia apenas três horas por noite, deixou de ter o período e o seu cabelo começou a cair. “Estou envergonhada por ter participado no programa”, disse a ex-concorrente.
Esta não é a primeira vez que o programa está envolto em polémica. Apesar disso, continua a ser um sucesso e o episódio final da 16ª temporada vai para o ar a 29 de janeiro nos Estados Unidos.
Foto: D.R.
