Saúde & bem-estar

Mais de 80% dos portugueses correm o risco de sofrer um AVC

O Dia Nacional do Doente Coronário celebra-se a 14 de fevereiro, por isso a Associação Nacional AVC alerta para a importância de cuidar do coração e alterar os comportamentos que estão na origem da maior parte dos acidentes vasculares cerebrais (AVC), que coloca em risco 85% da população portuguesa.

As doenças cardiovasculares continuam a ser a maior causa de mortalidade em Portugal. Em 2012, registaram-se 23 mil mortes provocadas por este tipo de patologias, das quais 16 mil foram causadas por acidente vascular cerebral. Segundo estudos mais recentes, seis portugueses sofrem um AVC por hora, resultando em duas a três mortes.

“Adotar uma alimentação saudável, com consumo de frutas, vegetais, redução de sal e gorduras, praticar exercício físico e alterar rotinas diárias – usar as escadas em vez do elevador, por exemplo – e deixar de fumar, visto que parar de fumar pode cortar os riscos de AVC pela metade”, explica Diogo Valadas, director técnico da Associação Nacional AVC.

Além dos fatores de risco que podem ser reduzidos com a mudança de hábitos é também importante prestar atenção a situações que não dependem da alteração de comportamentos. Existem pessoas com maior probabilidade de sofrer AVC do que outras, como os idosos, pessoas com histórico familiar de ocorrência de AVC, homens com menos de 75 anos e indivíduos com doença coronária e diabetes.

No sentido de apoiar os doentes que sofreram um AVC, a instituição pretende integrar o Programa Nacional para as Doenças Cérebro-cardiovasculares, um dos projetos de saúde prioritários da Direcção-Geral da Saúde (DGS), assumindo o papel de entidade representante de famílias vítimas de AVC.

Um AVC surge quando o fornecimento de sangue para uma parte do cérebro é impedido. O sangue leva nutrientes essenciais e oxigénio para o cérebro. Sem o fornecimento de sangue, as células cerebrais podem ficar danificadas, impossibilitando-as de cumprir a sua função.

O cérebro controla tudo que o corpo faz, por isso, uma lesão no cérebro afetará as funções corporais. Por exemplo, se um AVC danificar a parte do cérebro que controla o movimento dos membros, ficaremos com essa função alterada.

A doença é repentina e os efeitos no corpo são imediatos. Os sintomas incluem: dormência, fraqueza ou paralisia de um lado do corpo (pode ser um braço, perna ou parte inferior da pálpebra descaídos, ou a boca torta e salivante); fala arrastada ou dificuldade em encontrar palavras ou discurso compreensível; visão subitamente enublada ou perda de visão; confusão ou instabilidade; forte dor de cabeça.

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