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Rainha da Jordânia diz que Estado Islâmico é “um bando de malucos”

Rania classificou, durante uma entrevista com Arianna Huffington, o Daesh (acrónimo árabe para a organização auto designada Estado Islâmico) como um “bando de malucos” que está a manchar o nome do Islão.

A mulher do rei Abdullah II apelou à comunidade internacional para que não se foque nas reivindicações religiosas do grupo e sugeriu que o auto designado Estado Islâmico (EI) deveria deixar cair o “I” do seu nome, “porque não tem nada de islâmico”: “Esta luta é uma luta entre o mundo civilizado e um bando de malucos que nos quer fazer regressar aos tempos medievais”.

Rania alertou para o perigo de deixar o Daesh “raptar” a identidade do Islão, argumentando que isso iria autorizá-lo a realizar “uma batalha de civilizações”. “As pessoas chamam-lhes Estado Islâmico, mas gostaria que o “I” desaparecesse porque não têm nada de islâmico. Eles não têm nada a ver com fé, mas tudo com fanatismo”, reforçou.

A rainha insistiu que “Eles querem ser chamados de islâmicos porque isso lhes dá legitimidade e também significa que qualquer ação feita contra eles automaticamente vai ser considerada uma guerra contra o Islão”.

A monarca afirmou ainda que as suas exibições de violência do grupo, como a imolação do piloto jordano Maaz al-Kassasbeh, reforça a determinação dos moderados. “As táticas de medo que esses terroristas estão a usar vão fazer ricochete, porque apenas irritam os jordanos. Em vez de os assustar, apenas lhes dá vontade de lutar”, disse à fundadora do “Huffington Post”, durante uma conferência em Londres.