Aos 34 anos, o ator já quase não precisa de apresentações, graças ao trabalho que tem desenvolvido em Portugal e nos Estados Unidos.
No papel de Jesus Cristo, Diogo Morgado correu mundo com o filme “Son of God”, depois de ter conquistado fama além-fronteiras na série norte-americana “The Bible”.
Alcançado o estatuto, nada parece ter alterado, para além do volume de trabalho e solicitações. De resto, conta quem bem o conhece, Diogo mantém-se “a pessoa de sempre”.
Simpático e com uma inegável humildade, o protagonista falou com a Move Notícias nos bastidores da 36.ª edição do Portugal Fashion, onde desfilou como embaixador da Lion of Porches. “Gosto muito da marca. Já tínhamos sido abordados para outras situações e, quando foi a Lion, eu identifiquei-me de imediato, gosto dessa linha mais clássica e foi um feliz casamento”, afirmou.
No sábado, foi a primeira vez de Diogo Morgado na passerelle do evento organizado pelo ANJE e ele já nem se lembrava da última vez em que tinha desfilado: “Se a memória não me falha foi em 1998. É estranho, porque costumo estar à vontade nos bastidores, acabo por me sentir mais à vontade até que no próprio palco, mas aqui é estranho, não me sinto como peixe na água, mas estou bem, estou contente”.
A experiência antecedeu mais uma viagem até aos Estados Unidos. A partida aconteceu esta segunda-feira, 30 de março, em prol da promoção da série “The Messenger” que “estreia lá a 17 de abril”. “Depois, em princípio, vou fazer um filme em Ottawa e, se tudo correr bem, em julho, volto para a segunda temporada do ‘The Messenger’. Acabo por ficar mais lá do que aqui, mas não estou a ter nenhum critério de escolha que seja em detrimento de qualquer coisa que aconteça em Portugal. Apenas não surgiu nada que se encaixasse dentro dessas datas, mas pode haver uma surpresa cá no verão, na SIC, estamos a coordenar as coisas para que isso seja possível. Para mim era perfeito, faço questão de ter essa ligação”, confessou, antes da passagem pela passerelle, onde despertou aplausos.
Apesar de passar mais tempo fora do nosso país é para cá que corre quando a agenda permite. Dessa forma, conseguiu manter-se por Portugal desde janeiro e “fazer algumas coisas pontuais”. “Pudendo, venho a correr. É aqui que me sinto bem, que me sinto em casa. Se aquilo que vou fazendo lá fora puder, de alguma forma, estimular alguma coisa que se vai fazendo cá dentro – não sei se isso acontece ou não – ainda melhor”, frisou, extravasando algum patriotismo.
Em terras de tio Sam, Diogo já tem casa, o seu “cantinho” importante para se sentir bem no território que o acolheu, mas que não é seu: “Às vezes tenho que ir aos EUA de fugida. Por exemplo agora, vou por 20 dias, volto, depois estou 15 dias cá e volto outra vez. Já é estranho sentirmos que estamos num país e numa cultura que não é nossa, por isso é importante arranjar estabilidade onde é possível”.
Na maioria das viagens, Diogo Morgado conta com a companhia da mulher, Cátia Oliveira, e do filho de ambos, Santiago. O menino faz 6 anos em setembro próximo e o papá já pensa na sua entrada para a escola e na forma de conciliar a responsabilidade com as estadas no estrangeiro. “Já estamos a equacionar isso, é uma ginástica, mas há coisas que se podem fazer e alternativas que podem ajudar, estamos a explorar isso”, antevê, acrescentando que Santiago “é bilingue e não deverá ter muitos problemas no futuro”.
Fotos: José Gageiro