O pai do bebé de seis meses mortalmente esfaqueado em Linda-a-Velha, Oeiras, voltou a ser ouvido esta sexta-feira, dia 10, no Tribunal de Cascais. João Barata, 33 anos, vai aguardar julgamento em prisão preventiva, uma medida justificada por se tratar de um caso que pode configurar homicídio qualificado. Caso seja condenado, arrisca a pena máxima prevista em Portugal: 25 anos de cadeia.
Na quarta-feira à tarde, a PSP foi chamada pela mãe via 112 e quando chegou ao local viu um homem com a roupa ensanguentada, tendo depois entrado em casa e encontrado o bebé com uma faca espetada no peito. O bebé ainda foi assistido no local por peritos de emergência médica do Hospital São Francisco Xavier, de Lisboa, mas, segundo o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), acabou por morrer ali.
João Barata disse à advogada que o representou hoje em tribunal, Ana Antunes, que não se lembra do que aconteceu. Porém, momentos antes de cometer crime enviou para a mulher, Lúcia Ferreira, um vídeo – em que se vê Henrique a brincar – a simular facada no coração do filho. João Barata mostrava desta forma que estaria disposto a matar o próprio filho se o casal se separasse. Isto porque Lúcia já teria manifestado há algum tempo a intenção de se separar do homicida.
João Barata tem um historial de consumo de álcool e drogas e já tinha sido submetido a vários tratamentos de desintoxicação. O casal vivia em Linda-a-Velha há um ano e antes residia em Coimbra, onde ocorreram problemas de violência doméstica.
