Angelina Jolie discursou esta sexta-feira, dia 24, no Conselho de Segurança da ONU, em Nova Iorque, e abordou a situação dos refugiados sírios.
“Desde que o conflito da Síria teve início em 2011, fiz visitas aos campos de refugiados no Iraque, Jordânia, Líbano, Turquia e Malta. E gostaria que alguns dos sírios que conheci estivessem aqui hoje”, afirmou a Enviada Especial do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados.
“Lembro-me da mãe que encontrei recentemente no campo de refugiados no Iraque. Ela contou como é tentar viver depois que a sua jovem filha foi arrancada da sua família, por um homem armado, e transformada em escrava sexual”. E continuou: “Lembro-me de Hala, uma das seis órfãs que vive numa tenda no campo do Líbano. Ela poderia contar como é dividir a responsabilidade de alimentar a sua família aos 11 anos, porque a sua mãe morreu num ataque aéreo e o seu pai está desaparecido”.
De acordo com Jolie, 4 milhões de refugiados sírios são estigmatizados, rejeitados, e vistos como “um fardo”. “Estamos a falhar com a Síria”, defendeu.
António Guterres, que desde 2005 exerce o cargo de Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, esteve sempre ao lado da atriz.