O SEA LIFE Porto junta-se às festas da cidade, com uma programação dedicada ao São João, que se comemora esta semana na Invicta. Em destaque está a exposição sobre a história do tradicional martelinho, que conta com um exemplar original do primeiro martelo.
De todas as cores, tamanhos e feitios, é um dos maiores símbolos do São João. Nasceu em 1963 para animar os estudantes, mas acabou por se tornar um ícone das festas da cidade. A criação de Manuel António Boaventura, industrial de plásticos do Porto, pretendia servir de brinquedo. “A ideia foi inspirada num saleiro pimenteiro que viu numa das suas viagens ao estrangeiro. O conjunto tinha o aspeto de um fole, ao qual o meu avô juntou um apito e um cabo, com o objetivo de criar mais um brinquedo”, conta Manuel Marinho, neto do criador.
Mas, por altura da Queima das Fitas, os estudantes procuravam um brinquedo ruidoso e Manuel Boaventura sugeriu o martelo. O sucesso foi tal que os estudantes usaram depois no São João, o que gerou ainda mais curiosidade e iniciou uma tradição que se estende aos dias de hoje.
A fábrica de plásticos Estrela do Paraíso, outrora com sede em Rio Tinto, já não está ativa. Mas a memória mantém-se viva. Vítor Macedo, colecionador, tem consigo mais de 70 martelos de cerca de 40 modelos distintos: desde o primeiro exemplar até aos dias de hoje. Juntamente com os martelos, conserva também a origem de cada um, recordando o tempo em que os martelos eram originários apenas de fábricas portuguesas.
Até 28 de junho, o SEA LIFE Porto terá esta exposição inédita sobre a história desta tradição de São João. A exposição é gratuita, para todos os visitantes do espaço.
